quarta-feira, 1 de novembro de 2017

A Fúria de Vajra - Crítica



A Fúria de Vajra (The Wrath of Vajra, China, 2013) 
Duração: Aproximadamente 111 minutos 
Gênero: Ação
Diretor: Wing-Cheong Law
Roteirista: Zhenjian Yang
Elenco: Xing Yu, Sung-jun Yoo, Heon Jun Nam
Filme assistido na Netflix.

Versão curta

Não gostei, pois o filme parece o seriado Sai de Baixo com as pessoas se entendendo na base da pancadaria.

Versão longa

O filme A Fúria de Vajra peca em diversos pontos, um deles é dar importância demais à história, pois a mesma é repetida diversas vezes durante a trama na tentativa de deixa-la mais clara possível, entretanto eu achei muito confusa, e ela é contada a conta gotas, quebrando assim o ritmo da narrativa.

Segundo o IMDB, o filme se passa durante a Segunda Guerra Mundial, enfim, pouco importa este detalhe, e há uma seita japonesa chamada Hades e seus membros tocam o terror na China. O líder da Hades - interpretado pelo ator Yasuaki Kurata, cujo filme A Vingança Final (1989) merece uma crítica aqui no site - está preso em algum presídio e a liderança da seita é incumbida a um discípulo, Kurashige Daisuke, interpretado pelo ator sul-coreano Sung-jun Yoo / Steve Yoo, de extrema confiança e cabe a ele expandir o poderio da Hades.

A Hades age da seguinte forma, sequestram crianças, treinam-nas para serem exímias máquinas de combate, e quando mais velhas se tornam soldados fanáticos pela causa da seita. Seus membros são tatuados no braço com um K-n, onde n é um número inteiro, não sei se existe um K-0, mas enfim, como em todas as seitas fanáticas, existem os desertores, e é um deles, K-29, interpretado pelo ator Xing Yu, que vai tentar impedir a Hades.

Falando das cenas de porradaria, a primeira luta entre K-29 e um dos líderes da seita Hades, um grandalhão bobalhão (Baocheng Jiang), é cansativa por ser arrastada demais, pois K-29 depois que saiu da Hades, foi parar em um monastério, logo seu discurso é altamente pacifista, e gostaria que o oponente se arrependesse de seus pecados, porém o gigante não cede aos apelos e acaba servindo de saco de pancadas. Depois dessa luta, K-29 decide descer o sarrafo, pois só assim gente burra aprende, até o enfrentamento de K-29 contra Kurashige.

Os líderes da Hades são chamados Vajra, Vajra aparece em algumas religiões, por exemplo, nos Vedas, Indra, o deus das tempestades no hinduísmo, aparece empunhando seu Vajra. Vedas são, grosseiramente, as escrituras sagradas da religião hindu, mas é algo que vai além disso, recomendo a leitura do artigo O que são os Vedas? Qual a origem dos Vedas? de Jonas Masetti.

A história, além de confusa, possui dois grandes furos, um é spoiler, então não falarei a respeito, o outro é a permanência de K-29 dentro da sede da Hades, ou seja, é chamar o bandido para morar dentro de casa enquanto ele desfruta da melhor hospitalidade e vai matando os anfitriões. É muita burrice.

Faltou ao filme um herói mais carismático, pois o vilão Kurashige Daisuke se saiu melhor nesse ponto, aliás, quem tiver interesse, dê uma conferida na história do ator Sung-jun Yoo. A trama é confusa, entretanto há boas cenas de luta, principalmente o ápice que é o confronto final, A Fúria de Vajra é um filme cansativo e não indico.

Trailer